domingo, 23 de fevereiro de 2020

AINDA VOU A TEMPO...

     

 Ainda vou a tempo...


      A mei muito, mas nunca quis revelar,
      B em guardado ficou o nome de quem não soube o que foi o meu amar.
      C ontei dias, meses...
      D ei conta do meu pobre coração que só sabe o que são reveses
      E como não soube ter pena dele
      F icou partido e agora qu' é dele?
      G rudado numa agonia prevista!
      H oje choro, arrependo-me... já se me encarquilha a pele da vista!
      I magino tardiamente o que seria amar sob os lençóis
      J untinhos num só, sem se perceber que éramos dois,
      L etargicamente acordar agarradinhos,
      M ostrar ao mundo nossos carinhos,
      N amorar como se fosse a primeira vez,
      O rgulhar-me daquilo que o meu corpo fez...!
      P enalizar-me agora para quê?
      Q ue me adianta se ninguém sabia, nem você?
      R esta-me guardar como se fosse memórias,
      S upostamente estas nossas estórias.
      T udo farei para romper com o passado,
      U ltrapassar fica o fardo menos pesado.
      irar esta página é a melhor solução,
     ingar-me, não apaga o que o tempo escreveu.
      Z angar-me? -Também não serve esta ocasião! -seguir em frente, ainda vou
.                                                                                                          a tempo... porque não?