Ainda vou a tempo...
A mei muito, mas nunca quis revelar,
B em guardado ficou o nome de quem não soube o que foi o meu amar.C ontei dias, meses...
D ei conta do meu pobre coração que só sabe o que são reveses
E como não soube ter pena dele
F icou partido e agora qu' é dele?
G rudado numa agonia prevista!
H oje choro, arrependo-me... já se me encarquilha a pele da vista!
I magino tardiamente o que seria amar sob os lençóis
J untinhos num só, sem se perceber que éramos dois,
L etargicamente acordar agarradinhos,
M ostrar ao mundo nossos carinhos,
N amorar como se fosse a primeira vez,
O rgulhar-me daquilo que o meu corpo fez...!
P enalizar-me agora para quê?
Q ue me adianta se ninguém sabia, nem você?
R esta-me guardar como se fosse memórias,
S upostamente estas nossas estórias.
T udo farei para romper com o passado,
U ltrapassar fica o fardo menos pesado.
V irar esta página é a melhor solução,
X ingar-me, não apaga o que o tempo escreveu.
Z angar-me? -Também não serve esta ocasião! -seguir em frente, ainda vou
. a tempo... porque não?