O OUTONO
O Outono já chegou
É tempo de mudança,
Nem tudo o vento levou,
Se há vida há esperança!
© Ró Mar
"Se há vida há esperança"
Dá-nos assim mais alento.
Hibernar dá pujança
Na estação, ao rebento.
© RAADOMINGOS
"Na estação, ao rebento"
Da videira damos poesia,
As parras ao vento
Têm outra caligrafia!
© Ró Mar
"Têm outra caligrafia"
Escrita a qualquer hora
Até que chegue o dia
Do outono que não demora.
© ARIEH NATSAC
"Do outono que não demora,"
O que será primavera
Qualquer dia e toda a hora,
No universo que se exaspera!
© Ró Mar
"No universo que se exaspera"
Andamos na corda bamba
Quem espera desespera
No outono também se samba.
© ARIEH NATSAC
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Sonetos Do Universo | 2020
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O OUTONO
Estação onde os versos vão abrindo,
Meu coração não tem rosas para dar;
Olhos meus, onde as águas vão subindo,
Cerrai-vos, deixai de chorar agora.
© Naná G.
"Cerrai-vos, deixai de chorar agora,"
Pois, há que não perder a esperança
De ainda sonhar com o outono de outrora,
Assim fazeis com que desperte a lembrança.
© Ró Mar
"Assim fazeis com que desperte a lembrança"
Dos momentos em que ficávamos juntinhos,
Dizendo adeus às noites de Verão
Dos passeios e gorjeios dos passarinhos.
© Naná G.
"Dos passeios e gorjeios dos passarinhos"
Saracoteando as árvores, perpetuando
Essência de paixão em pergaminhos,
Rebentos de luar temperado outonando.
© Ró Mar
"Rebentos de luar temperado outonando"
Para ficarmos bem juntinhos,
A lareira no canto da sala crepitando
Aproveitando com alegria este tempinho.
© NanáG.
"Aproveitando com alegria este tempinho"
Sonhámos com o nosso ninho de prazer;
Olhos meus, onde germinam caminhos,
Despertai-vos, deixai o outono acontecer.
© Ró Mar
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Sonetos Do Universo | 2020