© Ró Mar
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
NATUREZA BELA E MÁGICA
"NATUREZA BELA E MÁGICA"
(Poesia sem verbos)
"Natureza bela e mágica"!
O sol, a lua, as estrelas,
Vida fenomenológica,
Coisas mesmo de novelas!
"Natureza bela e mágica"!
A película de efeitos
Especiais, mitológica
E tão real seus feitos!
Alegorias poéticas,
Sabedoria pedagógica,
As entrelinhas estéticas,
"Natureza bela e mágica"!
A singeleza ideológica
perfume mais que ético,
"Natureza bela e mágica"
À luz doutro dialéctico!
© Ró Mar
Mote de Ró Mar: "Natureza bela e mágica"
terça-feira, 22 de setembro de 2020
O OUTONO CHEGOU
O OUTONO CHEGOU
O Outono já chegou,
Com toda a sua beleza,
Quem ainda não rimou
Rime agora com destreza.
© Ró Mar
"Rime agora com destreza"
Aquele que o quiser fazer
Pondo na quadra a certeza
Do que nela, aqui disser!
© Maria João de Sousa
"Do que nela, aqui disser!"
Do que dela quiser transmitir.
Noites caem sem querer,
Antes do dia se esvair.
© Pedro Araújo
"Antes do dia se esvair"
Mais quadras nos nascerão
Algumas só pr`a sorrir,
Outras plenas de razão
© Maria João de Sousa
"Outras plenas de razão,"
Que o vento levará
Pela mão da inspiração,
Muita folha levitará.
© Ró Mar
*
Sonetos Do Universo | 2013
© Paula Delgado
*
O OUTONO CHEGOU
O Outono já chegou,
Com toda a sua beleza,
Quem ainda não rimou
Rime agora com destreza.
© Ró Mar
"Rime agora com destreza"
Neste poema de outono
Um sonho de beleza
Quando o poeta tem sono...
© Maria José Saraiva
"Quando o poeta tem sono,"
Dormir não vai com certeza…
Despe a cama na noite,
Para vestir a real beleza.
© Elsa Nunes
"Para vestir a real beleza"
Às folhas desta estação,
Sazonal por natureza,
Com muita imaginação.
© Ró Mar
*
Sonetos Do Universo | 2013
domingo, 20 de setembro de 2020
A VELHICE
A VELHICE
(Antonímia)
É cabeluda e calva; é branquíssima e negra;
É alegria, descontentamento e final;
É memória e esquecimento; é acrasia e regra;
É tanto e é minúscula e tão colossal!
É verão e inverno, outono e primavera;
É clareza e nebulosidade; é inocência;
É quente, morna e fria; é real e quimera;
É prosa e silêncio, balada e poesia;
É ternura, paixão e raiva; é fraternal;
É sol e lua, estrela, rezingona e afável;
É terra, mar e céu; momentânea e atemporal;
É o que queremos e o indesejável;
É física e também espiritual;
É a velhice imaginável e inimaginável!
© Ró Mar | 2020
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
ESTAÇÃO EMOCIONAL
ESTAÇÃO EMOCIONAL
(Tautograma | E)
Estradas, encruzilhadas...
Era ecológica estritamente
Empenhada em evidenciar
Estratégias evasivas entre este e esses...!
Estigmas estreitando elos e espaçando estradas,
Ervas enfadonhas emergindo escolhos!
Enquanto estávamos embebecidos
Em egocentrismos empreendemos
Estreitamentos e estamos enclausurados!
Estamos entre estórias e escritos
Embutidos em eixo egocêntrico;
Estamos energicamente enlaçados em egoísmos;
Estamos emocionalmente em ebulição!
Emerge estar entre estruturas extensíveis
E escolher espalhar emoções
Embutindo estrelas entre este e esses...!
Entrelaçar estratosfera entre esfera,
Explorar esta estação estival,
Época expressionista em evidência,
Equacionar extremos,
Expandir emoções, escolher espalhar
Excelso entendimento, esboçar
Em esquiço esmerado, equacionando
Estratos e erguendo estátuas,
Enaltecendo exemplares exímios;
Excentricidade exclusiva excluindo extremos,
Estigmas, exotismo e exibicionismo,
Extinguindo estruturas egocêntricas,
Exaltando elos elementares,
Esperançados em executar exemplarmente,
Estimulados e expectáveis,
Estruturas económicas equitativas,
Exponencial equilíbrio entre estratos;
Existir entendimento emocional
Esboçando estádios energicamente
Empenhados em evoluir equitativamente!
É elementar estar e exercitar everter
Esta estação estereotipada e estupidamente
Entendida em época expressionista,
Exaltando e expandindo, erguendo emoções,
Encontrando entre elas equilíbrio emocional
E elasticidade extrema em esculpir estradas,
Ecoando estórias e ensinando este e esses...!
Elaborando elos extraordinários,
Erguendo elites espaciais
Em estradas entulhadas, estonteadas,
Exibindo espírito ecléctico
Em esboço esmiuçado e empenhado
Em erguer este emaranhado, entrelaçando
Esta e essas... estro engenhoso, estimando,
Enquadrando e estimulando ensinamentos
E entretenimento, estagiando....!
Estagnar egoísmos elevados e etários
E equilibrar enternecidamente
Estratos envoltos em escassez,
Enaltecendo estatutos, encaminhando
Em estilo entusiasta e ergonómico,
Encontrando equilíbrio económico
E estatuto estável em estar,
Existir existindo...
Exercitando...
Erguendo ecossistemas
Entre este e esses... e exercendo
Esses ensinamentos, exemplificando
E exteriorizando essa ética;
É elementar essa exposição
Exaustiva entre este e esses...
Experimentalismo, expressionismo,
Existencialismo...!
Estas expressões efusivas
Em equinócio estival,
Entre épocas entoando
Esta estação emocional,
Emergem êxitos.
© Ró Mar | 2020
FIGAS AO AMOR
FIGAS AO AMOR
(Poema sem verbos)
Mar azul de encantamento,
Sonhos pra lá do horizonte,
Nuvens de castelos no firmamento,
Pensamento e desvelos, fonte!
Mas sob o anil do céu,
Companheiro do meu intento;
Inocente,
O coração - culpado de delito -
Esmoreceu!
Grande outrora, mas agora na forma de lua minguante
O amor, seu amante,
Sob forma de um juiz,
Ao pobre petiz visante: Figas de um gigante!!
© RAADOMINGOS
terça-feira, 15 de setembro de 2020
ÁGUAS AZUIS
ÁGUAS AZUIS
(Tautograma | A)
Anoitece adormecendo atlânticos,
Ao amanhecer a aurora a alumiar
A alma à amante, à amiga, à adorada, à amada;
Ah, alva a aliança à amizade, ao amor!
Acordar amanhã, águas azuis adornando
As árvores alaranjadas, avivando
As açucenas, amparando as aldeias,
As abelhas açucarando angústias,
Alimentando alegre aspiração;
Algures as aparições adentram
As almas, alo aromático, alvor
Almejando as andorinhas avistar,
Abraçando as asas acolhedoras;
Autêntico alabastro a alcançar
Astros, alquimia, adorno artístico,
Adorados antepassados, abençoadas
Águas abastecendo as aldeias
Alheias, amanhã argiloso, astronómico
Ar arvorando as almas arqueadas;
Alegorias às águas azuis avultando
Abraços, alargando atlânticos.
Ah, alvíssaras!
© Ró Mar | 2020
FELIZMENTE É SÓ NO VERSO
"Versos sem a letra A"
FELIZMENTE É SÓ NO VERSO
Sento-me e molengo.
É o meu ócio!
- Um servo; sócio de quem pode.
Quero, posso e proponho o conceber;
Mesmo que disto derive o dizer!
Pouco me importo!
Quem diz o que lhe convém
De mim,
Nem que Jesus regresse do universo...
.... Felizmente é só no verso!!!
Digo escrevendo com cunho herege,
(Sei que Jesus me protege)
-Repito pois o verso precedente:
"Quem diz o que lhe convém"
De mim - o pior!
Humor negro do meu interior.
Merecem é merecido!
Ninguém tem o poder do ungido.
Quem no seu cérebro o muito,
Pouco é o sentir
Nem no íntimo percebe
Que o pouco, muito é proferir.
Por conseguinte quem diz o que quer,
Ouve o que pode, infelizmente pouco querer!
© RAADOMINGOS
domingo, 13 de setembro de 2020
CAFÉ
CAFÉ
(Palavras com a Letra A)
Café, especiaria aromática,
Qual antigamente saboreava
Nalguma leitaria balsâmica,
Numa pastelaria; qual comprava
Numa mercearia, na charcutaria,
Nas lojas da especialidade;
Grão, cevada moída, chicória,
Pra trazer para casa a variedade.
Ah, agora, recordando apetece
Aquele galão nalguma caneca
Saloia, tão saloia!, qual aquece
Ao revirar a asa, após a soneca
Arregala a pestana, a magia acontece
Naquele cafeeiro "levado da breca".
© Ró Mar | 2020
AMOR
AMOR
Abençoado amor
amados, amantes
amam alimentar amor
abraços ardentes
algures, aqui, acolá
apenas amam,
amor árduo,
aqui, além...
© Paula Delgado
terça-feira, 1 de setembro de 2020
FRUTO DOUTRO OUTONO
(POESIA SEM A LETRA A)
FRUTO DOUTRO OUTONO
Quer o tempo ser outro e queremos nós
Outro, menos feroz, que desperte noutro
Sentido, tom doutro timbre, que nos dê voz
E contento por nós p´lo mundo ser outro!
Se setembro for outro tempo seremos nós
Diferentes de sós e idênticos noutro
Viver, fruto doutro outono, pêssego e noz,
Vento menos veloz, o brio num e noutro!
O nosso rio e os outros, sempre do nosso ser
De querer entender o equinócio num mor
Movimento de cor e de tempo de chover
Miudinho e de se ver, de sentir esse olor
Por nós e bom humor no universo, de colher
Deste tempo prazer num fruto de louvor!
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
AÇORDA DE COENTROS
AÇORDA DE COENTROS
O português é freguês,
Broa no que toca ao pão
E ninguém lhe tira a vez;
No que toca a confeccionar
No que toca a confeccionar
I
Trigo, milho, centeio,
Aveia e mais cereais,
Sementes e outros mais
Que eu tanto saboreio;
Fornadas que recheio
Com os olhos que vês
E a barriga que Deus fez;
Coisa boa este naco...
Farinha de todo o saco,
O português é freguês!
II
E eu alfacinha de gema
Confesso que o da Capital
Não me é substancial;
O de mistura é meu lema
E dá gosto ao tema...
Quando quente é paixão
E derrete o coração
Manteiga desta miúda...
Que gosta de coisa graúda,
Broa no que toca ao pão!
III
O saloio é do melhor
E tem mais que paladar,
Dizem que faz engordar!
E tem mais que paladar,
Dizem que faz engordar!
Na espiga há mais amor
E na gastronomia é flor,
No céu da boca se fez
No céu da boca se fez
A receita do português!
O segredo do padeiro
Tem dedo de pasteleiro
E ninguém lhe tira a vez;
IV
O Moinho que dê pedaço
Ou a lenha das aldeias
Portuguesas dê ideias;
Na minha terra as amasso
Até me doer o braço,
Depois deixo levedar
O tempo que se precisar,
Ao enfornar a bênção
Pra cozer e crescer são,
No que toca a confeccionar.
V
Se é pão d' água ou de leite
Não é relevante, pode ser
Tudo que dê prazer comer!
Se é pão de forma, cacete
Brasileiro ou baguete
É banquete e aos quartos
Tostado cozinha pratos:
Aperitivo ou lagostas?
Cheio de miolo e côdeas
Faz açorda de coentros.
© Ró Mar
https://ro-mar-poesia.blogspot.com/
No que toca a confeccionar.
V
Se é pão d' água ou de leite
Não é relevante, pode ser
Tudo que dê prazer comer!
Se é pão de forma, cacete
Brasileiro ou baguete
É banquete e aos quartos
Tostado cozinha pratos:
Aperitivo ou lagostas?
Cheio de miolo e côdeas
Faz açorda de coentros.
© Ró Mar
https://ro-mar-poesia.blogspot.com/
domingo, 9 de agosto de 2020
SERMOS, EIS A QUESTÃO?
Mote:
O mundo só pode ser
Melhor que até aqui,
- Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!
© António Aleixo
***
SERMOS, EIS A QUESTÃO?
I
Se todos nos unirmos
Numa reconstrução
Com alma e coração
[Valerá sempre a pena
Ter em mãos a novena],
Com mais vontade de fazer
Do que de bem parecer,
Que faz todo o sentido
E nada será perdido,
"O mundo só pode ser..."
II
Melhor do que já somos
Só pode dar bons frutos,
Que colheremos juntos;
Pois, então semeemos
Por aí tudo o que somos,
Não esperes rubi
Ou outro que não daqui!
Mãos à terra querida
Construiremos outra vida,
"Melhor que até aqui."
III
Vem, ainda que não saibas
Como mudar o teu fado,
Como salvar o mundo?
Tens as janelas abertas
Para outras descobertas,
Vem fazer acontecer;
Vem connosco aprender
A fazer outra poesia
E serás toda a mestria
"Quando consigas fazer!"
IV
O melhor que és em tudo
Faz toda a diferença
E faz com que se cresça
A harmonia do futuro;
Num elo frutífero
A poesia que há em ti
E que eu também reparti
Fazendo todos felizes
[Embora haja alguns deslizes],
"Mais p'los outros que por ti!"
© Ró Mar
sábado, 8 de agosto de 2020
DESPERTARES...
Despertares…
Despertei para a vida
Já lá vai muito tempo
Vivê-la de forma sentida
É aquilo que eu mais tento
A vida com suas dificuldades
Só se vive em consciência
Toco-te e sinto verdades
Duma vida com apetência
Há que a vida valorizar
Há que a saber viver
Só assim se pode amar
E por ela ter prazer
Despertei o meu interior
Para uma vida completa
Hoje, sei o que é o amor
Na vida que me desperta
E tu que bem me conheces
Sabes porque é assim
Do amor tu não te esqueces
Minha flor, Rosa do meu Jardim
AS CINCO ESTRELAS DO DIA
AS CINCO ESTRELAS DO DIA
Quando acordas há sol
Porque também há saúde,
Há núcleo de amizade
E o amor de verdade,
O que vem da Terra à Lua;
Quando o dia é de sol
A manhã é primavera,
A tarde é de verão
E a noite serão
Para contemplar a lua;
Quando em todos há sol
Há também paz p'lo mundo
Criando laços de vida
E o sonho tem sentido
Que perpetua p'la lua;
Quando na terra há harmonia
A natureza é poesia
Que bebe 'frescas' na fonte
Daquela felicidade
Que dá mais beleza mar...
Toda a água é límpida
E o respirar... ar puro
Porque o amor é fogo
Qu' arde no céu da boca
E faz-me voar a Marte...
As cinco estrelas do dia
São janelas do ser,
São os cinco sentidos
Em movimento contínuo
No horizonte do querer...
Com as cinco estações
Do ano pra acontecer,
Sim há cinco estações
Pra viver, quer faça sol
Ou chuva há sempre mais uma!
Nesta vida de passagem
O melhor da viajem
É o trem com mais de cinco
Carruagens pra guardar
As bagagens do amor...
Todos os compartimentos
Ventilados d' almas mor,
Para o coração
Respirar os sentimentos
De sol num dia à janela
Luzindo movimentos
Nas 'frescas' que dão cor
E magia a momentos
Que perpetuam o mar
P´lo céu passando por Marte.
terça-feira, 4 de agosto de 2020
AMAR SEM OLHAR A QUEM
"AMAR SEM OLHAR A QUEM"
"Amar sem olhar a quem"
Tem olhar duma bondade
E nobreza de ser alguém
Duma natureza jade.
Tem o cheiro d' alfazema
E coração d' alguém
Que faz vida dum poema:
"Amar sem olhar a quem".
"Amar sem olhar a quem"
É uma pura utopia!
Na vida real ninguém
Olha por olhar! Magia!
Houve alguém qu' inventou
Uma cor una pró homem
Não desbotar! Criou!:
"Amar sem olhar a quem".
© Ró Mar
Mote de Ró Mar: "Amar sem olhar a quem"
SEMPRE POR AQUI
SEMPRE POR AQUI
Sempre por aqui, o mesmo espaço,
O mesmo ritual e teu abraço?
Tão perto, tão longe a expressão,
Labareda de meu coração,
Saudade minha, a vida que refaço;
Se vives em mim, se eu te abraço,
O ano passado é o meu laço;
Há um luar em cada estação,
Sempre por aqui...
Ah, o tempo parou neste espaço!
O mesmo minuto e um compasso
Circulando os ponteiros do sótão,
Onde guardo a minha paixão;
Se o sol aparece, se eu te abraço,
Sempre por aqui?
PARA TODOS OS OUTROS POETAS
PARA TODOS OS OUTROS POETAS
Poetas: assim continuem
Amando os vossos poemas
Rimando p’ra que as palavras flutuem
Agora e sempre dando bons temas
Todos sigam em frente
Orgulhem-se daquilo que fazem
Dons naturais explorem
Osculem as palavras como filhos
Saibam escrevê-las com carinhos
Organizem ideias vossos trilhos
Sigam em frente não sozinhos
Ousados sejam sem remoques
Ultimem, mas sempre com razão
Todavia sejam como toques
Ruidosos clarins do coração
Outros virão seguir-vos passos
Semente está lançada vai crescer
Possível será não ter embaraços
O sentimento sempre irá crescer
Envolvendo a loucura e o desejo
Tão pouco do que ainda resta
Alvorada nasce num bocejo
Só tu, poeta, fazes de um verso uma festa.
VONTADES DE AMAR
VONTADES DE AMAR
Na natureza verde ouro
O tesouro é singelo
Novelo de qualidades
E vontades de amar.
O que vejo e sinto
Tem o dom apaixonado
Da essência dum fado,
Pressinto no suspirar;
P'la terra onde nasci:
Nação verde-azul
Banhada de norte a sul,
Cresci nela e no mar...
Na natureza verde ouro
O tesouro é singelo
Novelo de qualidades
E vontades de amar.
O que aprendi e sei
Tem sido minha bagagem
Pra seguir esta viagem
Até onde sei do mar;
P'lo rio Tejo cresço
E sinto o Sol na minh' alma,
O esplendor que m' acalma
E floresço pra sonhar...
Na natureza verde ouro
O tesouro é singelo
Novelo de qualidades
E vontades de amar.
O que vivi e amei
Tem-me dado o alento
Pra compor o momento
Breve que sei recordar;
P'lo amor que lhe tenho,
Por mais triste olhar sou
Grata, o dia acordou
E contenho o desabar...
Na natureza verde ouro
O tesouro é singelo
Novelo de qualidades
E vontades de amar.
O que escrevo e pinto
Tem-me amado tanto
E é tamanho encanto,
Por instinto vejo mar;
P'lo azul ondeando
O ser navega salgado
Tal o ar apaixonado,
Escrevendo a sonhar...
Na natureza verde ouro
O tesouro é singelo
Novelo de qualidades
E vontades de amar.
segunda-feira, 1 de junho de 2020
"TODOS OS SONHOS DO MUNDO"
"Todos os sonhos do mundo"
"Todos os sonhos do mundo:"
Estrelas de crianças,
O futuro de tudo
Constrói-se d' esperanças!
"Todos os sonhos do mundo!"
Todo o tempo pra crescer,
O afecto merecido,
Todas deviam de ter...
Tecto bonito d' olhar
"Todos os sonhos do mundo!"
Aprender a ler, pintar...,
Ter lápis de cor e tudo...,
"Todos os sonhos do mundo!"
Jogos, outros pra brincar,
T. shirt do... preferido,
Ténis pra melhor andar!
Lanche em casa, na escola
E amigos pra tudo,
O que p'la vida consola:
"Todos os sonhos do mundo!"
Ao crescer, o canudo
Todas precisam de ter,
Não basta saber ler:
"Todos os sonhos do mundo!"
É com todo o estudo,
Aprendendo a escutar
Quem ensina a conquistar
"Todos os sonhos do mundo"
Que se faz o futuro!
As crianças [sorriso puro]
São gente construindo
"Todos os sonhos do mundo!"
É preciso olhar tudo
E compreender o porquê
Qu' as crianças não têm
"Todos os sonhos do mundo!?"
© Ró Mar | 2020/06/01
quinta-feira, 28 de maio de 2020
MEU MAIO EM FLOR
MEU MAIO EM FLOR
Meu maio em flor...
Botão de primavera
Que guarda o amor
Perfumando p´la atmosfera
Perfumando p´la atmosfera
As cores do arco-íris...
Sete colinas... quimera
P´la cidade da minh´ íris
P´la cidade da minh´ íris
O céu tem pétala azul
Índigo de arco-íris
Colorindo norte a sul
Colorindo norte a sul
Com todo o seu frescor
P´la beira rio | mar [duo]
Meu maio em flor...
© Ró Mar
terça-feira, 10 de março de 2020
MINHA FLOR DE LIS
MINHA FLOR DE LIS
Flor do pensamento
Dá-me outra manhã
D' eterna primavera
Para sentir o ar
Fresco do momento
E ser a Margarida
Leda duma quimera
D' Amores-perfeitos.
D' Amores-perfeitos
Nasce outra elã
Que é Malmequer
D' olho amarelo,
Verso tão singelo
Quanto o amor do dia
E eu eterna amada
Recebo una Rosa,
Cultivada num coração
Perfumado d' Alfazema.
Perfumado d' Alfazema
Adoça minha vida,
A razão dum' alma
D' eterna sonhadora
Onde o sol adora
Ver o jardim em flor
E tu meu amor
Cuidas como ninguém!
Cuidas como ninguém,
Nem a Orquídea tem
Tanto valor quanto
A minha una Rosa
Carmim de paixão,
Que lembra Amarílis
(Uma flor glamourosa)
Flamejando meu peito
Num século de poesia,
Lema da minha vida
Que teima em erguer
O pensamento ao luar,
Minha Flor de Lis.
© Ró Mar
AS FLORES E AS CORES
AS FLORES E AS CORES
Pousava a vespa na roseira do quintal;
A mais amarelinha do lindo roseiral.
Nas sardinheiras as joaninhas esvoaçavam
Fintando as vizinhas, que nas rosas circundavam.
Coisa engraçada de se ver;
Oh pá, vocês nem queiram saber!
Umas pintas riscadinhas perpassavam pla minha vista,
"Parecendo ilusões que o cérebro aos trambolhões vai pregando a partida."
Se não fosse realista, diria convencida:
Isto é coisa de ilusionista!
Mas não! -É a realidade na mais bela da essência;
Umas pintas listadas a beijarem a bela da hortênsia.
Que na indiferença se imiscui adjacente
aos lírios,
Que ainda não mostram a sua semente.
Ele há tão lindos!- pelo menos os campestres.
Os azuis arroxeados são os que mais me encantam;
"Silvestres que a muitos pra mim, suplantam"
Talvez por ter crescido com eles.
Neles colocava tanta esperança!
.... Delírios!!
Mas numa criança tudo pode acontecer;
É tão natural como amanhecer!
É como se possível fosse, o Sol beijar a Lua
E o mar ondular na rua.
A salsa casar com a hortelã,
Um cravo casar com uma rosa.
E uma poetisa escrever poemas sem prosa.
Até uma rã usar camisola lã!
segunda-feira, 9 de março de 2020
COMO [DES]ESCREVER MULHER!?
COMO [DES]ESCREVER MULHER!?
Como [des]escrever Mulher!?:
Mulher Menina com letra pura;
Mulher Mãe com letra fina;
Mulher Madura com letra de figura,
Mulher amante com letra de flor;
Mulher amiga com letra à mão;
Mulher guerreira com letra de cor;
Mulher apaixonada com letra de coração;
Mulher dona de casa com letra gulosa;
Mulher trabalhadora com letra de ardina;
Mulher alcoviteira com letra de prosa;
Mulher criança com letra de Menina;
Mulher artista com letra de Música;
Mulher executiva com letra script;
Mulher sonhadora com letra clássica;
Mulher famosa com letra de grift;
Mulher religiosa com letra Missal;
Mulher Musa com letra de poesia;
Mulher do Mundo com letra universal;
Mulher Mulher com letra do dia a dia;
Eu Mulher [des]escrevo
Com a letra [M], o Ser que subscrevo,
Num alfabeto de [des]escrever Mulher.
© Ró Mar
domingo, 8 de março de 2020
"MULHER ÉS O MEU POEMA"
"MULHER ÉS O MEU POEMA"
A palavra feminina
É mais que arte extrema,
A mais bela colina:
Mulher és o meu poema.
Em prática ou teoria
Minha querida poesia:
Mulher és o meu poema,
Meu verso, minh' alfazema...
Minha rosa-dos-ventos,
Meu prazer de momentos,
Minha luz, meu diadema:
Mulher és o meu poema...
Minha Estrela suprema,
Astro guia que seduz,
Utopia que me traduz:
Mulher és o meu poema.
© Ró Mar
"MULHER ÉS O MEU POEMA"
"MULHER ÉS O MEU POEMA"
"MULHER ÉS O MEU POEMA"
Procuro o sol, as estrelas
Imaginando janelas
Num tal écran de cinema:
Mulher és o meu poema.
Olhando... silabo a silaba,
Vejo o sentido do tema
Numa singela... dissílaba:
Mulher és o meu poema.
Numa tela d' alfazema
Dedilhando azul-mar
Em seis mastros par a par:
Mulher és o meu poema.
A musa a deambular...
Sereia dançando o mar,
Tu, a estrela suprema:
Mulher és o meu poema.
Menina do sétimo olho,
Sexto sentido qu' escolho
Espelhando o teorema:
Mulher és o meu poema.
Ah, contigo sou feliz!
Encontro o sol, o meu lema,
Tu diante do nariz:
Mulher és o meu poema.
© Ró Mar
sexta-feira, 6 de março de 2020
quinta-feira, 5 de março de 2020
[N] A T U R E Z A
[N] A T U R E Z A
Naturalmente na natureza nascemos, nela navegamos normalmente, nomeadamente, nós naturais normais! Notem não nomeamos negativismo, não nos nefasta nostalgia nupcial, noiva nua na numismática, ninfas na neve, nenhuma névoa natural! Nós notamos nódoas negras nas nuvens, noutras naturezas nossas!
Não nos naufraguem num navio neurótico, não negligenciem nossa natura, nós não nadamos num núcleo nocivo! Nada nos neutraliza!
Ninhos nómadas, narcisos na noite, nenúfares nas nádegas nórdicas, noz-moscada no novilho, nozes natalícias, néctar novelesco... nacos nutrientes ninguém nega!
Nossa natureza nívea nivela notoriamente noções nobres, novas normas, nomenclatura nítida! Necessitamos nesgas nas nervuras! Nomeamos nuvens neutras nalgumas nascentes (naturezas necessitadas), numa noção narrável. Neste novo navegar namoremos nossa natureza, não necessariamente nacionalidade, nem Neptuno! Nunca nada, nem ninguém notabilizou nêsperas nas nespereiras, nós nunca nos naturalizamos! Notificamos neurónios, nódulos natos, nabos, nabiças, nectarinas,..! Novidades notabilizam na numérica (não negociável), naturalmente na natureza nascem.
© Ró Mar
quarta-feira, 4 de março de 2020
ENREDO
ENREDO
Meio-dia e meia hora bate o relógio da torre.
Melancolicamente viro a cabeça para o lado,
Mirando novamente o relógio da parede.
Magicamente permanece certíssimo!
Manuseio o livro de poesia e tudo me ocorre.
Meticulosamente marco as páginas com cuidado
Matutando no que tinha ouvido na sede.
Marca o destino as horas a um ser lindíssimo.
Moralmente sinto-me culpado!
Mas como inverter o já anunciado?
Muito mal comigo ficaria, senão alterar o que ouvi!
Meto o casaco pelas costas e ponho-me ao caminho.
Mal chegado ao destino pergunto pelo Malaquias.
Magérrimo, encontro-o no sitio onde cresci.
Mais valia a morte, do que esta pouca sorte - pobrezito!
Moribundo; bem posso tratar das exéquias...
[...]
Menos mal agora, o enredo, que se iniciou da trama;
Miraculosamente... não houve melodrama!
segunda-feira, 2 de março de 2020
MEU MAR-ROSA... MINHA POESIA
MEU MAR-ROSA... MINHA POESIA
Meu verso, Meu poema, Meu Mar-rosa,
Minha luz, Minha Musa, Minh' alma alva,
Meu farol, Meu guia, Meu Marialva,
Minha essência, Minha vida, Minha prosa,
Meu planeta, Meu astro, Meu amor,
Minha paixão, Minha sina, Minha ilusão,
Meu ano, Meu Mês, Meu casarão,
Minha jornada, Minha lamparina, Minha flor.
Meu caminho, Meu Sol, Meu coração,
Minha dor, Minha Mágoa, Minha canção,
Meu fado, Meu destino, Meu Universo,
Minha alma, Minha escrita, Minha paixão,
Meu ser, Meu Momento, Meu verso,
Minha janela, Minha cor, Minha poesia.
© Ró Mar
MULHER, MULHER...!
Mulher, Mulher...!
Mulher o que é feito de ti?
Mulher esqueceram-se de ti!
Mulher fala-nos de ti!
Mulher não temas o que vai por aí!
Mulher ouve-se o ai que vem daí!
Mulher desculpai-os, eles não sabem de ti!
Mulher, Mulher...! Antes que morras por aí!
© Ró Mar
domingo, 1 de março de 2020
M A R Ç O M A R Ç A G Ã O
M A R Ç O M A R Ç A G Ã O
Março é o maior mês do ano!
Ano que tem muito para contar,
Recordando manhãs de inverno!
Ça va! Vivendo tardes de verão
Onde a primavera reservou lugar!
Março, mês dedicado à Mulher,
Ao vento em todas as direcções,
Recordando o lar e enorme ser!
Ça va! Vivendo dias de ilusão
Ao alor dalguma esperança, convicções!
Garboso, falando dos maiores amores!
Ãh! Vivendo algumas trinta e uma flores
Onde o amor não reservou lugar!
UM BRILHO DE LUZ...
Um brilho de luz…
Chovia copiosamente
E eu me cruzei contigo
E um toque logo se sente
E algo veio à minha mente
Para falar contigo meu amigo
Foi uma razão interior
Que me impeliu a isso fazer
À primeira vista não era amor
Mas algo que com seu calor
Me deu de ti algum prazer
Mesmo chuvosa a noite brilhava
E o céu na sua cor resplandecia
Era um momento que eu amava
E a tua luz assim me chamava
Na beleza da chuva que caía
Por entre as brumas da madrugada
Era um momento intuitivo e emotivo
Era racional e a coisa mais adorada
Para mim que te via como flor dada
Com um carácter que era um lenitivo
De vez em quando sentia um choque
Que me electrizava a minha alma
De repente sentia em mim um toque
Que não me deixava qualquer remoque
Mas que me fazia perder a calma
© Armindo Loureiro
AS PRIMAVERAS DE MARÇO!
AS PRIMAVERAS DE MARÇO!
Mais um Mês se passou
e em Março nos deixou,
numa Manhã invernosa,
há que pôr Mestria à prosa!
Mês que brilha à tardinha
e Magica ao serão
a Moça e a Madrinha,
nó de Moer coração!
Mulheres bordando dias
com as linhas Mescladas
do Mês de trinta e um dias,
as Mãos de grandes fadas!
Marias de todo o universo
que fazem do Mês abraço,
Maviosas de Meu verso,
as primaveras de Março!
© Ró Mar
A NATUREZA
A NATUREZA
Quando penso na natureza
penso que o mundo está do avesso
ao saber-mos que há tanta beleza
espalhada pelo universo,
que tudo está a ser destruído
todos nós, neste mundo disperso
Em que o mundo foi dividido,
cada povo tem o seu dialecto,
não sendo por todos compreendido,
vivemos num mundo incompleto
queremos Paz, saúde, guerras não!
queremos o Universo livre de poluição
Que bom seria os oceanos limpos
há químicos a mais no mar e na terra
quase irrespirável é o ar,
queremos os oceanos, limpar
e para que possamos respirar
temos que limpar a atmosfera,
sábado, 29 de fevereiro de 2020
"AH, MARÇO MARÇAGÃO!"
"Ah, Março Marçagão!"
Ah, Março Marçagão
Que traz o inverno n' alma
E namora o verão!
Dá-nos boa-nova porque
Até tem bom coração:
A Primavera em flor.
Ah, Março Marçagão
Que traz flores no regaço
À conquista da Mulher!
Dá-nos coragem porque
Até tem alma materna:
A Natureza do ser.
Quando falamos do ser
Falamos da Natureza
E também de muitos dias
Que trazem mui alegrias,
Ah, Março Marçagão
Até tem trinta e um dias!
© Ró Mar
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
"A MINHA TERRA É DISTANTE"
"A minha terra é distante!"
A minha terra é distante
Do Porto e minha pena d' ouro
Ergue-a num rabelo viajante
Levando-a a passear p' lo Douro.
A minha terra é distante
D' Aljustrel e sem canseira
Sabe bem fazer torrão d' Alicante
E outras iguarias da vila mineira.
A minha terra é distante
Do Algarve e tão amante
Da gastronomia Algarvia,
Faz D. Rodrigos na caligrafia!
A minha terra é distante
Do Norte e Sul de Portugal,
Perto de todo o semblante
Porque é grande Capital!
A minha terra é distante
Do campo e é tão verde
Porque é a Capital Verde
Europeia de poesia gigante.
Porque a vida é gritante
Sem poesia! Quando não viajo
Deambulando o meu trajo
A minha terra é distante!
Trajo até à Golegã de burrico
Pra celebrar o puro viajante
Lusitano, porque do Ibérico
A minha terra é distante.
A minha terra é distante
D' estrangeirismos, ações
Só na língua de Camões,
Salve aos regionalismos!
A minha terra é distante
Do campo e são sete as colinas
Espelhadas p' lo Tejo flamejante,
Qu' apregoam as varinas.
Quanto à saudade e pranto
Vou até à casa hilariante
D' Amália escutar o quanto
A minha terra é distante.
D' alma e coração numa magia
Maviosa p' la histórica província
Portuguesa! Ah, a minha miopia,
A minha terra é distante!
© Ró Mar
MANDA QUEM PODE
MANDA QUEM PODE
Manda quem pode
Mas não manda quem quer,
Manda quem sabe,
Manda o homem e a mulher,
Manda o rico nos milhões,
Manda o pobre contar feijões,
Manda o sábio e o sabichão,
Manda o empregado,
Mas quem mais manda é o patrão,
Mandam todos afinal,
Mandam analfabetos, inteligentes,
Mandam doutores pouco crentes,
Mandam tantos minhas gentes,
Mandam até os inocentes,
Mas já nem se conhecem parentes,
Mandam a vida de todos nós,
Mandaram os que partiram,
Mandam os que se seguiram,
Mandam aqueles que nos deixam sós,
Mandam ainda um dia os netos,
Mandar matar os avós!
"AS QUATRO ESTAÇÕES"
"AS QUATRO ESTAÇÕES"
A vida é a natureza
Das quatro estações,
Com janelas bem abertas
E uma única porta,
Que se fecha de repente,
À saída do planeta!
No ciclo normal da vida
A primavera é eleita,
Quiçá o viscoso frescor
Lhe dê o nobre estatuto!
Quem não gostaria
De ser seu olor perpétuo?
Contudo, as rosas são belas
E também têm espinhos!
Como tudo nesta vida,
A primavera também
Tem razões p'ra ser triste,
Quando a desnorteiam!
A juventude que somos
É o primeiro estádio
Num universo secundário
Que por sua vez é o
Primeiro de nossas vidas,
A natureza de cousas!
Na temática luminosa
"Natureza" consta que
Salta a olho nu aquelas
Puras poesias, porque
Ela é musa formosa
Em qualquer das estações.
No meu coração é
A beleza natural
Que ano após ano
Idolatro, em qualquer
Época e circunstância,
Inclusive no inverno.
Todas as quatro estações
Têm um dom de beleza,
Mas, a minha predileta
É a flor alva de maio,
A natural primavera
Até a porta fechar!
Contudo, sou um outono
Delineado em tom
Vivo, porque o viver
Não é idade, ainda que
No inverno de edredom,
Amarei um outro verão!
Caminho de passagem
Olhando ao segundo
O que de melhor há nelas
["As quatro estações"],
Porque minha natureza
É natureza de cousas.
© Ró Mar
AS MINHAS CORES
AS MINHAS CORES
Como gosto do verde da campina,
Da erva que cresce e do orvalho que goteja;
Não sinto inveja! - d' ela só admiração.
Daquela porção de terra que me alegra desde menina,
Deixo repousar a minha mente.
Há tantas lembranças, tantas sensações,
Que hoje aquilo que sou ou sinto,
São a semente dessas recordações.
Recordo o amarelo das azedas-
As veredas não teriam o mesmo encanto sem elas;
As veredas não teriam o mesmo encanto sem elas;
As belas estevas; brancas como névoas
Que felizmente não embaçam o meu olhar;
O coaxar das rãs nos charcos das águas da chuva,
A uva ainda pintalgada de verde e roxo,
A uva ainda pintalgada de verde e roxo,
O mocho cinzento/castanho que pia pra lá das manhãs,
O rebanho que pasta sob o azul do céu,
O meu cachorro preto que acha que não basta o ladrar seu!
E eu não me canso de ver o pôr-do-sol;
Aquele entardecer onde o vermelho e o laranja
Aquele entardecer onde o vermelho e o laranja
Lembram que vem a noite no arrebol
E com ele o alvorecer onde tudo terá vida sob a granja!
© RAADOMINGOS
Subscrever:
Mensagens (Atom)