Um brilho de luz…
Chovia copiosamente
E eu me cruzei contigo
E um toque logo se sente
E algo veio à minha mente
Para falar contigo meu amigo
Foi uma razão interior
Que me impeliu a isso fazer
À primeira vista não era amor
Mas algo que com seu calor
Me deu de ti algum prazer
Mesmo chuvosa a noite brilhava
E o céu na sua cor resplandecia
Era um momento que eu amava
E a tua luz assim me chamava
Na beleza da chuva que caía
Por entre as brumas da madrugada
Era um momento intuitivo e emotivo
Era racional e a coisa mais adorada
Para mim que te via como flor dada
Com um carácter que era um lenitivo
De vez em quando sentia um choque
Que me electrizava a minha alma
De repente sentia em mim um toque
Que não me deixava qualquer remoque
Mas que me fazia perder a calma
© Armindo Loureiro