Desafio Poético | Poesia ou Prosa
baseado no texto de Charles Chaplin
(incluir uma ou mais frases do autor no texto).
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"Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco.
Necessitamos mais de humildade que de máquinas.
Mais de bondade e ternura que de inteligência.
Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá."
Charles Chaplin
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Participantes: Armindo Loureiro, Ró Mar e RAADOMINGOS
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A PRETO E BRANCO
I
O mundo avança desalmadamente,
O progresso robotiza, como louco,
O ser humano, quotidianamente!
Ah, que correria desenfreada, pouco
Se ganha! O desgaste (inconscientemente),
A labuta infindável e tampouco
O reconhecimento (infelizmente)!
Hoje, os sentimentos somam pouco,
"Pensamos demasiadamente
E sentimos muito pouco."
II
Privilegiemos os bens essenciais
E preservemos as cinco quinas,
Nosso planeta e tantos outros mais
Apreendendo todas as disciplinas
Com um certo gosto e atitudes reais!
E, se houver pão e clementinas
Demos graças por tal feito e jamais
Cobicemos! Orgulhemo-nos dos ardinas,
A preto e branco! "Necessitamos mais
De humildade que de máquinas."
III
É preciso salvar a humanidade!
Sejamos veículos de consciência,
Bons observadores e com equidade!
Acompanhar o que nos rodeia,
Saber ouvir, entender a adversidade
De forma positiva! E, a vida clareia
Num simples gesto de solidariedade,
Sem ser necessário fomentar a ideia!
Pois, urgimos "mais de bondade
E ternura que de inteligência."
IV
Encontremo-nos aqui e acolá,
Com toda a simplicidade, num sofá
Deleitemos a amizade e haverá alegria
Em toda a boa ação! Fazer companhia
A nós e ao que connosco estará,
Porque sim, não porque se ganhará!
Que se saiba viver em harmonia,
Buscando a paz a cada dia!
"Sem isso, a vida se tornará
Violenta e tudo se perderá."
© Ró Mar
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VIOLÊNCIAS PESSOAIS...
Numa vida violenta tudo se perde
Mesmo que a vida nada valha
Pelo menos para ti, tu cede
E não faças nada ao calha
Há determinados pensamentos
Que colhem por vezes a alegria
Do que se passou por momentos
Num momento de tanta magia
Relembra o quão feliz é um ser
Que vive a bondade por inteiro
Se um dia vieres a colher prazer
Lembra-te dum momento tão porreiro
Retira de ti certas ilações
Da vida que já viveste
E dá de ti muitas paixões
Aos temas que por aqui leste
Não queiras perder a virtude
Que deve para sempre existir
Há que colher em nós amiúde
A beleza do ser no seu sentir
"Mais de bondade e ternura que de inteligência"
É o que entendo desta vivência pessoal
Por determinadas coisas tenho apetência
Que a nossa vida seja o mais especial
© Armindo Loureiro
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DEPENDE DE TI
Diz-me Homem, conta tu
Porque te vestes assim,
Se nasceste literalmente nu?
Que alheamento ou que confim
Te leva a cobrir do que não interessa;
Se te faz um ser mesquinho e ruim?
Descarta a maldade que te acesa;
É feita de roupa que o corpo não precisa;
O que enraíza não se arranca tão depressa!
A benevolência é de todo a melhor camisa;
Brancura em cama de lençóis de pura seda;
Leveza que adentra na mais suave brisa!
Prepara o leito sem que alguém te impeça;
No caudal do rio que no mar se cruza;
Acede às margens onde a foz tropeça...
Inunda-te; da braçada usa e abusa;
O navegar só de ti dependerá;
Permite que essa extensão te seduza!
"Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá."
© RAADOMINGOS
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JÁ O SENTI
Desprende o que te enobrece,
Pra que veja esse sorriso;
Sem que te faça uma prece.
Mas se for mesmo preciso,
Pra ver o que ainda não vi;
Farei o pedido em juízo.
Mas sinto; eu já o vivi;
Creio não ter que pedir;
Sei-o belo, vindo de ti...!
Não te consigo mentir;
Li o vezes em entrelinhas...
Foi marcante esse sentir!
S' acaso ideias minhas...
Não interessa. Fora intenso!
Sou eu que registo essas linhas...
O coração é propenso;
Peço que não o julguem louco
Por deixar aqui o que penso:
"Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco."
© RAADOMINGOS
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Sonetos do Universo | 2021