quarta-feira, 23 de setembro de 2020

NATUREZA BELA E MÁGICA


"NATUREZA BELA E MÁGICA"


(Poesia sem verbos)


"Natureza bela e mágica"!
O sol, a lua, as estrelas,
Vida fenomenológica,
Coisas mesmo de novelas!

"Natureza bela e mágica"!
A película de efeitos
Especiais, mitológica
E tão real seus feitos!

Alegorias poéticas,
Sabedoria pedagógica,
As entrelinhas estéticas,
"Natureza bela e mágica"!

A singeleza ideológica
perfume mais que ético,
"Natureza bela e mágica"
À luz doutro dialéctico!

© Ró Mar

Mote de Ró Mar: "Natureza bela e mágica"

terça-feira, 22 de setembro de 2020

O OUTONO CHEGOU




O OUTONO CHEGOU


O Outono já chegou,
Com toda a sua beleza,
Quem ainda não rimou
Rime agora com destreza.

© Ró Mar

"Rime agora com destreza"
Aquele que o quiser fazer
Pondo na quadra a certeza
Do que nela, aqui disser!

© Maria João de Sousa

"Do que nela, aqui disser!"
Do que dela quiser transmitir. 
Noites caem sem querer, 
Antes do dia se esvair.

© Pedro Araújo

"Antes do dia se esvair"
Mais quadras nos nascerão
Algumas só pr`a sorrir,
Outras plenas de razão

© Maria João de Sousa

"Outras plenas de razão,"
Que o vento levará
Pela mão da inspiração,
Muita folha levitará.

© Ró Mar 

*

 Sonetos Do Universo | 2013



 © Paula Delgado

 *

O OUTONO CHEGOU


O Outono já chegou,
Com toda a sua beleza,
Quem ainda não rimou
Rime agora com destreza.

© Ró Mar

"Rime agora com destreza"
Neste poema de outono
Um sonho de beleza
Quando o poeta tem sono...

© Maria José Saraiva

"Quando o poeta tem sono,"
Dormir não vai com certeza…
Despe a cama na noite,
Para vestir a real beleza.

© Elsa Nunes

"Para vestir a real beleza"
Às folhas desta estação,
Sazonal por natureza,
Com muita imaginação.

 © Ró Mar

*

Sonetos Do Universo | 2013

domingo, 20 de setembro de 2020

A VELHICE

A VELHICE

(Antonímia)


É cabeluda e calva; é branquíssima e negra;
É alegria, descontentamento e final;
É memória e esquecimento; é acrasia e regra;
É tanto e é minúscula e tão colossal!

É verão e inverno, outono e primavera;
É clareza e nebulosidade; é inocência;
É quente, morna e fria; é real e quimera;
É prosa e silêncio, balada e poesia;

É ternura, paixão e raiva; é fraternal;
É sol e lua, estrela, rezingona e afável;
É terra, mar e céu; momentânea e atemporal;

É o que queremos e o indesejável;
É física e também espiritual;
É a velhice imaginável e inimaginável!

© Ró Mar | 2020

FOLHA

 


© Ró Mar

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

ESTAÇÃO EMOCIONAL

ESTAÇÃO EMOCIONAL

(Tautograma | E)


Estradas, encruzilhadas...
Era ecológica estritamente
Empenhada em evidenciar
Estratégias evasivas entre este e esses...!
Estigmas estreitando elos e espaçando estradas,
Ervas enfadonhas emergindo escolhos!
Enquanto estávamos embebecidos
Em egocentrismos empreendemos
Estreitamentos e estamos enclausurados!
Estamos entre estórias e escritos
Embutidos em eixo egocêntrico;
Estamos energicamente enlaçados em egoísmos;
Estamos emocionalmente em ebulição!
Emerge estar entre estruturas extensíveis
E escolher espalhar emoções
Embutindo estrelas entre este e esses...!
Entrelaçar estratosfera entre esfera,
Explorar esta estação estival,
Época expressionista em evidência,
Equacionar extremos,
Expandir emoções, escolher espalhar
Excelso entendimento, esboçar
Em esquiço esmerado, equacionando
Estratos e erguendo estátuas,
Enaltecendo exemplares exímios;
Excentricidade exclusiva excluindo extremos,
Estigmas, exotismo e exibicionismo,
Extinguindo estruturas egocêntricas,
Exaltando elos elementares,
Esperançados em executar exemplarmente,
Estimulados e expectáveis,
Estruturas económicas equitativas,
Exponencial equilíbrio entre estratos;
Existir entendimento emocional
Esboçando estádios energicamente
Empenhados em evoluir equitativamente!
É elementar estar e exercitar everter
Esta estação estereotipada e estupidamente
Entendida em época expressionista,
Exaltando e expandindo, erguendo emoções,
Encontrando entre elas equilíbrio emocional
E elasticidade extrema em esculpir estradas,
Ecoando estórias e ensinando este e esses...!
Elaborando elos extraordinários,
Erguendo elites espaciais
Em estradas entulhadas, estonteadas,
Exibindo espírito ecléctico
Em esboço esmiuçado e empenhado
Em erguer este emaranhado, entrelaçando
Esta e essas... estro engenhoso, estimando,
Enquadrando e estimulando ensinamentos
E entretenimento, estagiando....!
Estagnar egoísmos elevados e etários
E equilibrar enternecidamente
Estratos envoltos em escassez,
Enaltecendo estatutos, encaminhando
Em estilo entusiasta e ergonómico,
Encontrando equilíbrio económico
E estatuto estável em estar,
Existir existindo...
Exercitando...
Erguendo ecossistemas
Entre este e esses... e exercendo
Esses ensinamentos, exemplificando
E exteriorizando essa ética;
É elementar essa exposição
Exaustiva entre este e esses...
Experimentalismo, expressionismo,
Existencialismo...!
Estas expressões efusivas
Em equinócio estival,
Entre épocas entoando
Esta estação emocional,
Emergem êxitos.

© Ró Mar | 2020

FIGAS AO AMOR

FIGAS AO AMOR


(Poema sem verbos)


Mar azul de encantamento,
Sonhos pra lá do horizonte,
Nuvens de castelos no firmamento,
Pensamento e desvelos, fonte!

Mas sob o anil do céu,
Companheiro do meu intento;
Inocente,
O coração - culpado de delito -
Esmoreceu!

Grande outrora, mas agora na forma de lua minguante
O amor, seu amante,
Sob forma de um juiz,
Ao pobre petiz visante: Figas de um gigante!!

© RAADOMINGOS

terça-feira, 15 de setembro de 2020

ÁGUAS AZUIS

ÁGUAS AZUIS

(Tautograma | A)


Anoitece adormecendo atlânticos,
Ao amanhecer a aurora a alumiar
A alma à amante, à amiga, à adorada, à amada;
Ah, alva a aliança à amizade, ao amor!
Acordar amanhã, águas azuis adornando
As árvores alaranjadas, avivando
As açucenas, amparando as aldeias,
As abelhas açucarando angústias,
Alimentando alegre aspiração;
Algures as aparições adentram
As almas, alo aromático, alvor
Almejando as andorinhas avistar,
Abraçando as asas acolhedoras;
Autêntico alabastro a alcançar
Astros, alquimia, adorno artístico,
Adorados antepassados, abençoadas
Águas abastecendo as aldeias
Alheias, amanhã argiloso, astronómico
Ar arvorando as almas arqueadas;
Alegorias às águas azuis avultando
Abraços, alargando atlânticos.
Ah, alvíssaras!

© Ró Mar | 2020

FELIZMENTE É SÓ NO VERSO


"Versos sem a letra A"


FELIZMENTE É SÓ NO VERSO


Sento-me e molengo.
É o meu ócio!
- Um servo; sócio de quem pode.

Quero, posso e proponho o conceber;
Mesmo que disto derive o dizer!

Pouco me importo!
Quem diz o que lhe convém
De mim, 
Nem que Jesus regresse do universo...

.... Felizmente é só no verso!!!

Digo escrevendo com cunho herege,
(Sei que Jesus me protege)
-Repito pois o verso precedente:

"Quem diz o que lhe convém"
De mim - o pior!
Humor negro do meu interior.

Merecem é merecido!
Ninguém tem o poder do ungido.

Quem no seu cérebro o muito,
Pouco é o sentir
Nem no íntimo percebe
Que o pouco, muito é proferir.

Por conseguinte quem diz o que quer,
Ouve o que pode, infelizmente pouco querer!

© RAADOMINGOS

domingo, 13 de setembro de 2020

CAFÉ

CAFÉ


(Palavras com a Letra A)


Café, especiaria aromática,
Qual antigamente saboreava
Nalguma leitaria balsâmica,
Numa pastelaria; qual comprava

Numa mercearia, na charcutaria,
Nas lojas da especialidade;
Grão, cevada moída, chicória,
Pra trazer para casa a variedade.

Ah, agora, recordando apetece
Aquele galão nalguma caneca
Saloia, tão saloia!, qual aquece

Ao revirar a asa, após a soneca
Arregala a pestana, a magia acontece
Naquele cafeeiro "levado da breca".

© Ró Mar | 2020

AMOR

AMOR 


Abençoado amor 
amados, amantes
amam alimentar amor
abraços ardentes
algures, aqui, acolá
apenas amam,
amor árduo,
aqui, além...

© Paula Delgado

terça-feira, 1 de setembro de 2020

FRUTO DOUTRO OUTONO


(POESIA SEM A LETRA A)


FRUTO DOUTRO OUTONO


Quer o tempo ser outro e queremos nós
Outro, menos feroz, que desperte noutro
Sentido, tom doutro timbre, que nos dê voz
E contento por nós p´lo mundo ser outro!

Se setembro for outro tempo seremos nós
Diferentes de sós e idênticos noutro
Viver, fruto doutro outono, pêssego e noz,
Vento menos veloz, o brio num e noutro!

O nosso rio e os outros, sempre do nosso ser
De querer entender o equinócio num mor
Movimento de cor e de tempo de chover

Miudinho e de se ver, de sentir esse olor
Por nós e bom humor no universo, de colher
Deste tempo prazer num fruto de louvor!

© Ró Mar | 2020/09/01

https://ro-mar-poesia.blogspot.com/